22 de ago. de 2013

Ebook sem formatação? O problema pode estar no aplicativo

Quando fazemos a conversão de um livro para ebook, formato epub, enviamos pro cliente e as vezes recebemos várias anotações, as emendas, indicando erros no texto ou mesmo mudanças. Mas algumas emendas que são indicadas, na maioria das vezes, não se trata de erro na formatação do epub e sim na visualização do ebook no ereader. Ou melhor, na maneira como o leitor está abrindo seu ebook no iPad, no Kindle, no Samsung ou em outro leitor qualquer.
Em outro post colocarei uma relação de leitores e seus motores de renderização, mas agora gostaria de transcrever um texto do Luiz Fernando, da Simplissimo sobre as agruras de se fazer emendas onde não há erro, ou seja, explicar como se deve usar o aparelho leitor de ebook.
Bem, eis o texto:

"Como explicar para alguém que o que não está funcionando é o software, o programa que lê o eBook, e que seu eBook está bem formatado e com tudo em ordem? Várias vezes precisei explicar que o formato ePub requer um programa que específico, que acesse o arquivo, entenda o que ele está dizendo e apresente corretamente na tela do aparelho.
Aqui vai um exemplo concreto.

O software Aldiko, usado nos sistemas Android, tablets e smarthphones, tem a capacidade de ler o arquivo ePub e apresentar ele na tela do aparelho. Ele abre o eBook, mas o problema é que ele lê o texto e apresenta o arquivo do jeito que quer. Se um designer pensou que centralizar o título o livro ficaria legal, o Aldiko ignora isso e alinha o título à esquerda, ignorando tamanho e cor! Isso provoca um efeito muito desagradável para quem formatou o eBook.
Para “obrigar” o Aldiko a respeitar a formatação do arquivo, basta mudar um só item da configuração dele (consulte o passo-a-passo com imagens, no final do texto):

Abra o Aldiko e o livro que deseja lêr.
Toque no rodapé da página ou no botão “Menu”, escolha a opção “Ajustes” e depois toque em “Mais…”
Desmarque a opção “Formatação Avançada”.
Isto fará com que o Aldiko respeite a formatação original do livro.
Por incrivel que pareça o Aldiko considera a formatação que ele coloca automaticamente como uma “formatação avançada”, como se aquela que viesse com o ePub não fosse! O ideal seria que a opção padrão fosse a de respeitar a formatação do livro, e caso o leitor quisesse mudar isso, fosse nessa opção e ativasse a formatação do Aldiko.

Por ocasião do ToC em Frankfurt participei de um encontro sobre tipografia no ePub e foi discutido o porque dos softwares não suportarem corretamente as informações de design (o CSS) presente nos arquivos ePub. Uma das respostas foi que a maioria dos arquivos ePub produzidos são de péssima qualidade, sem estilos e sem uma atenção ao design. Isto obrigaria os produtores de software a suprirem, eles mesmos, esta carência de estética. Não sei se de fato é este o motivo principal para esta escolha, por parte dos programadores, mas sei que de fato quanto mais atenção dermos ao produto que estamos fazendo, e à qualidade dos arquivos ePub, melhor será para este novo mercado nascente.

Passo-a-passo: recuperando a formatação original no Aldiko




  Com o seu livro aberto no Aldiko, toque na tela, ou no botão Menu do aparelho Android



  Escolha a opção “Ajustes”, depois toque em “Mais…”



 A opção “Formatação Avançada” deve ficar como mostramos aqui, desmarcada.



 A formatação original irá aparecer

 Bem, esse é o texto do Luiz Fernando, ajudando aos leitores e revisores a usarem o Aldiko e também nos ajudando a nos livrarmos de várias emendas que sempre aparecem
 Valeu Fernando.




12 de ago. de 2013

Adrift - fantástica curta metragem criada por um animador da Pixar

Curta metragem criada por Simon Christen, animador da Pixar (Procurando Nemo, Wall-E). O título é Adrift (À Deriva, em tradução direta).



O filme não é uma animação, mas consegue impressionar tanto quanto as belas produções da Pixar, visualmente falando. Para chegar a este resultado, Christen levou pelo menos 20 meses! E como pode um filme com cerca de 4 minutos e meio de duração requerer tanto tempo? E aí que entra as doses elevadas de paciência.

O curta mostra uma série de tomadas de névoas cobrindo a baía de San Francisco, nos Estados Unidos, com efeito de câmera acelerada. A forma contínua com a qual o vídeo mostra a névoa dá a impressão de que o local foi irreversivelmente dominado pela intensa neblina, o que não é verdade, é claro.

O que acontece é que Christen passou a maior parte dos dias consultando previsão do tempo, imagens de satélite e câmeras localizadas para saber quando havia passagem de névoa na intensidade apropriada para as gravações para então ir lá e filmar. Como este fenômeno não é tão frequente, no final das contas, Simon acabou gastando cerca de três anos para concluir o curta.

Mas o resultado compensou toda a paciência.

(Gostaria de agradece ao Emerson Alecrim, do blog Info Western, por esta publicação)